segunda-feira, maio 21

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Sentido de lugar vazio
A queixa bruta, sem argumento
Óbvio que participa das dores enfim
Um ritmo. Um canto que se deixa levar
Na chuva
Até quando passar
Aquele rastro guardado
Resto desnudo
Vergonha comum
No convívio da noite
O que não sonha a certeza
Profundo espaço vasto de solidão
Caminho mais antigo
De muros derrubados
Lentas lástimas esquecidas pelas pétalas
Se movem no chão, no peito
Nos golpes e nas curvas, no desejo de resposta
Janelas entreabertas e seus espaços de luz
Frestas onde o querer espia inseguro
Sinal de fracas flechas atiradas para atingir, para ferir
Ponto de começo de próximo dia, de dia inteiro
Lençóis brancos estendidos, imóveis
Na cor da memória abatida
Páginas mudas
Escritas de ecos



Landeira












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