terça-feira, setembro 27

Semelhança

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Mãos e ouvimos.
Pés, sorrimos e corremos.
Por abraços, somos tantos filhos com saudades.
Cantamos, acordamos e estamos no alto olhando a imensidão verde cheia de silêncio e repleta de profundidades.
Nossa terra, água, fogo, e aves migratórias em curso para outra estação.
Vamos essas vontades e não a outro.
E algum criador vislumbra enquanto me rebelo por acreditar muito mais em mim do que o consigo imaginar.
Me percebe quando me vê tão semelhante a ele.
Quando primeiro já existia sem ainda nem saber acreditar.

                            (Landeira)












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sábado, setembro 24

iI

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Tal como tudo
Por simples atração
O menor é o grande sozinho
Pois imenso é o seu caminho
Tem a alma do grande como inspiração
Encontra o eixo de uma forte emoção
O primeiro som do pássaro no ninho
Vê o grande tão grande
No céu todinho
Que decide voar como um deus furacão
E o sol que é pai
E também guardião
Do grande que da montanha salta
E do menor que expandindo sente falta
Da loucura que é essa união
Pede a lua para vir
Quando houver escuridão
Para um poder subir na árvore mais alta
E para o outro filosofar até a sua volta
E se mostrarem distraídos
Quando em profunda atenção


                   (Klediógenes Nóbrega, digitado por Landeira)







Artista Ron Mueck 

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quarta-feira, setembro 21

Seco

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Seco.
Galhos em árvore.
Cem goles de cem gafanhotos.
Poeira cercando o passo e o assento.
Pedregulhos de  prata, cobre, ouro e sol.
Batido chão, castigo e pausas longas. Silêncio pisado.
Desde quando era começo e ainda atrás.
Cem mãos, barro e alma.
Para trás de um sereno breve sem saudade.


“Como pisar o seco. Amar sozinho...”


                                                                     (Landeira)


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domingo, setembro 18

Presente

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De tão perto sei o quanto pode demorar.
Ainda a espera alcança de tão perto.
Vindo e vindo dias.
Ao que respiro; ao que mecanizo; ao que ouço.
Me vejo indo...
E o presente está feito.




                            (Landeira)





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quinta-feira, setembro 15

À Kiehr

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Sem entender a verdade
Até aprendido a ser
Por ter a virtude nas mãos
A excelência em mil vidas e nas memórias
Suspiros e antigas paixões
Em tudo sentir arrebatado pelo belo
Do eterno e do primitivo

Sem tribos; os arcos seguem como símbolos entre ideias de triunfo.
Sem mitos; Tu segues como júbilo entre madres e entre deus.


                            (Landeira)








Ao canto mais belo. À inspiração. Maria Cristina Kiehr


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