Chega o sono do meu
dia. Chega a hora de acordar
Acontece na degustação
do corpo, na cura das reflexões
Nos fios do vento, o
que contorna os corpos, o que sufoca de paixão
Carrega a fumaça, a
espera das cinzas,a liberdade de todas as coisas
Como gostaria de me
refoliar como o véu das árvores
Sem o temor pesado de
padecer
Se arrastando sem
diminuir
Os ombros não
entristecendo a cada vez que se vira de costa
Mas mesmo os que voam
não pecam menos ou mais na condição de viver
Depender de uma lei é
ser levado pendurado sem escapatória
Pano e carne
Assim é
Cheios de segredos os
baús trancados são utopia
Sonham esses segredos serem livres pra liberdade
Livres de existir
Livres de existir