quarta-feira, julho 31

Vida Bruta




Chega o sono do meu dia. Chega a hora de acordar
Acontece na degustação do corpo, na cura das reflexões
Nos fios do vento, o que contorna os corpos, o que sufoca de paixão
Carrega a fumaça, a espera das cinzas,a liberdade de todas as coisas

Como gostaria de me refoliar como o véu das árvores
Sem o temor pesado de padecer
Se arrastando sem diminuir
Os ombros não entristecendo a cada vez que se vira de costa
Mas mesmo os que voam não pecam menos ou mais na condição de viver
Depender de uma lei é ser levado pendurado sem escapatória
Pano e carne
Assim é
Cheios de segredos os baús trancados são utopia
Sonham esses segredos serem livres pra liberdade
Livres de existir






















sexta-feira, julho 5

Vê-se

Sentir e saber que poderia partir
Sair daqui como um eco sem fim
E deixar
Deixar cair o sonho
Cair das cinzas
Da água e do ar pueril
Deixar os dias, a sorte e os passos
 
Pelo tempo da passagem
O fim da corrente arrastada

Faltaria a mesmice, o lago parado
Faltaria ainda descobrir-se
O amor se fazendo da vida
Da vontade de voar
Faltaria o amor, a mentira e a vontade de voar
 
Terminar como se está, sem acabar
Nem mais ter valor qualquer nome ou qualquer dor