quarta-feira, novembro 24

Diva

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Se tivesse de eleger o meu Deus, glorificaria a música em minha adoração.

Capaz de realizar milagres quando é simplesmente sentida. De uma redenção bem vista nos semblantes, já desde recente entrega.
Tem poder sensível que não exclui, bastando viver.
A vejo isenta de referências, liberta de qualquer causa, vasta de infinitude. Nem som, nem beleza, nem o comunicante peso das palavras. É mais.
A vejo como co-habitante da alma onde a nós faz ecoar o infinito dentro, elevando a imaginação.
O que justifica a existência desde sempre. Liga os universos todos e os seus mundos sem qualquer tempo.
A vejo como a legítima intuição. A complexidade acessível como porta aberta para um labirinto vivo. E concebe a vida como sendo das suas últimas novidades.
Está em tudo, mesmo no silêncio e no vazio. Mesmo nunca a sabendo.






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