quarta-feira, junho 20

O cio

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Não lembra dia
Mas nascem os sons e vem
Chegando de longe, flutuando sobre tudo
Despertando o espaço, agredindo o interior

O frio, o cio altera

Transtorna, transvia os lados
Corre de medo, de desejo
Sangra o chão, de costas expostas
Uiva a solidão; olha turvo, rachado
Detém de sair e ir. Saga ácida
Arrebata voraz a alma do fundo refúgio
É grito. Insistência rígida em cega sombra


E rasga a noite perdida e armada.





landeira










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