quarta-feira, novembro 9

Nome de alma

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As cruzes penam sobre as atitudes; o nome pena com a alma.
Que não se leve a cruz, mas antes, que não se erre o nome.
Não viver a si é suicídio com direito a também querer ser feliz.
Querer ser a fantasia. Ser outra verdade.
O que não existe.
Fantasia não tem alma. A alma é que se mascara.
Vai Cambaleante. Sem natureza. Oca.
Errante nas intenções; cativa de qualquer bem das palavras que não calam e só contam sorte.
E se afasta tão longe, mascarada e sem asas, que o rastro deixado atrás se torna outro caminho para ser seguido.
Retorno.
O nome cai ali; na madrugada pouco acesa da memória.
Onde os passos tentam ajustar as pernas.
Onde não frutifica a saudade quando o passado não se quer ter.
Onde o tempo leva muito mais quando se é surpreendido sem ser a si mesmo.
Onde só restam lúgubres pensamentos em um coração vazio, quando sem chama.
De quem é o riso, o ego, ou a mentira sem o nome?
O nome pena com a alma, agora mais longe, trocando de máscara.

                                                                                         (Landeira)



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