quinta-feira, março 24

Quis dizer ...

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Pérolas em silêncio, assim são as letras postas para ninguém agora e nunca.
Frutos maduros caídos nunca apreciados.
Entes da criatividade; memória no esquecimento.
São intenções, castigo, senso... Todas as coisas possíveis, mas nenhum lugar.
Mente de um poeta não nascido. Sobras de luxo.

Sem rastros para se seguir, vão à deriva como apenas se imagina em um mar sem tempo.
Absurda lástima nunca se saber de sua riqueza despretensiosa. Do peso que teriam seus sons.
Sem saber do mundo em outras palavras.
Elas nunca vão chegar. Estão lá para a sua única espectadora; alguma vaidade.

                             (Landeira)



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